O Problema do Tricorder

O Problema do Tricorder – Parte 3

         Quando decidi construir Tricorduino 1.0, me senti mais ou menos como o Sr. Spock no episódio da série clássica denominado em português Cidade a Beira da Eternidade” do original em inglês “The City on the Edge of Forever”, ao tentar fazer modificações em seu Tricorder. Não me refiro a sensação de estar construindo o primeiro circuito mnemônico da história, mas sim de estar trabalhando com pouco mais que barro fofo e pedra lascada. Conforme expliquei antes, Tricorduino está longe de ser um Tricorder porque a ideia de um Tricorder real passa por uma miniaturização de sistemas que atualmente são muito grandes. No episódio em questão, Spock utilizou válvulas termiônicas para recuperar o Tricorder danificado. Claro que se trata apenas de ficção, mas a plástica do filme quer mostrar justamente o fato de que a tecnologia evolui tanto no conceito quanto na miniaturização. Mesmo para a genial mente vulcana de Spock foi bastante complicado proceder reparos no Tricorder, em NovaYork durante a Grande Depressão da década de 1930. Talvez fosse bem mais fácil se fosse hoje em 2019, no vale do silício. Resumindo a situação, não é impossível construir um Tricorder real com a tecnologia atual, mas ainda é impossível que ele seja do tamanho concebido nas series de Star Trek. Não temos como conter um espectrógrafo de precisão dentro de uma caixa de multímetro. Digamos que entre 1930 e 2019, evoluímos de barro fofo e pedra lascada para algo como polímeros e silício processado. Porém muita coisa ainda deve acontecer entre 2019 e 2260. 
            Falando de silício processado, Tricordunio 1.0, utiliza um processador Arduino ATmega 2560 em conjunto com os seguintes sensores digitais:

      1      LSM303 - Magnetômetro e Acelerômetro
      2      LIDAR TFMini - Sensor óptico para medida de distancia de até 12 metros
      3      SI1145 - Sensor de nível ultravioleta
      5      TSL256 - Sensor de luz visível
      6      MultichannelGasSensor - Sensor para 8 tipos de gases
      7      MLX90614 – Termômetro Infravermelho
      8      BME280 – Pressão, temperatura, umidade, altitude e ponto de orvalho
      9      PWFusion AS3935 – Sensor de relâmpagos
     10   Radiation Watch tipo 5 – Sensor de Raios Gama
     11   MH-Z19 – Sensor de CO2

Além disso, utiliza os seguintes sensores analógicos:

1   Microfone de Eletreto com pré-amplificador
2   ML8511 - Sensor de radiação ultravioleta
3   AD8361 - Detector de Radio Frequência
4   ME2-O2 – Sensor de Oxigênio Grove

Também utilizamos um módulo sensor ultrassônico para medida de distância que opera em redundância com o LIDAR TFMini. Essa redundância existe puramente por razões experimentais. Com efeito todo o sistema é puramente experimental e não dispõe de muitos recursos gráficos. Então, não espere um código perfeitamente depurado e livre problemas. Até o momento, é apenas um código básico que consegue manter essa coleção de sensores trabalhando em harmonia sem interferência um do outro. Existem alguns problemas como por exemplo; o medidor de intensidade sonora em Decibéis ainda não funciona a contento para toda a escala e o medidor de Radio Frequência não possui escala calibrada. Digamos, pois, que o código pode ser melhorado por alguém que seja especialista na área. Entretanto, o código é autoexplicativo para quem entende minimamente de Arduino e eletrônica. A bateria utilizada é do tipo “Anker Power Core + Mini, 3350 mAh Lipstick-Sized Portable Charger”. Trata-se basicamente um desses carregadores portáteis de telefone celular. As Figuras abaixo mostram alguns detalhes de construção antes de todo o circuito ser encerrado numa simples caixa de plástico de alto impacto com uma tampa de alumínio anodizado com gravações em laser. O código Arduino pode ser baixado pelo link no final da pagina.


Detalhes da placa Arduino ATMega 2560 previamente instalada sobre espanadores plásticos. A antena telescópica é conectada a entrada analógica A1. A bateria deve ser ligada através de uma chave liga/desliga ao ponto de 5V da placa Arduino. Um conector USB pode ser destrinchado para definir a linha de alimentação e o GND.
Nessa foto podemos ver a placa Arduino no centro com a concha branca , " LCD Shield SD Reader for Arduino". Na parte de baixo o sensores de RF, microfone, O2, CO2, UV e de Radiação Gama. Na parte de cima o restante dos sensores. 
Essa é a placa de circuito impresso que abriga o sensor emissor  de ultrasom,  a termo pilha e o LIDAR TFMine. 
A parte frontal é um conjunto de 2 andares, sendo o segundo a placa dos sensores de Luz visível, UV level, Clima Tempo e plataforma de gases. Todas as placas de circuito impresso são do tipo padrão pré definida.





 CÓDIGO  COMPLETO  DO TRICORDUINO 1.0

https://www.dropbox.com/sh/7v6wqux7sfnnhx1/AADNSZimvcHBpOdex0TxbF-ba?dl=0

     

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

M3GAN - Resenha

Rápida abordagem sobre o uso da radiação UV como agente germicida